Fogo começou na madrugada desta sexta-feira (26), 10 pessoas morreram, outras oito ficaram feridas e ainda há desaparecidos. Espaço recebia pessoas em situação de vulnerabilidade, funcionava de forma irregular e não tinha plano de prevenção contra incêndios, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
A Pousada Garoa, que foi atingida por um incêndio que matou 10 pessoas e deixou outras oito feridas em Porto Alegre nesta sexta-feira (26), não tinha alvará para funcionar como pousada, de acordo com o Corpo de Bombeiros, mas como escritório. Ainda assim, teve contrato renovado com a prefeitura em dezembro de 2023 por mais 12 meses, ao custo de R$ R$ 2,7 milhões.
O local, que é privado, recebia pessoas em situação de vulnerabilidade social e, das 30 que estavam no espaço no momento do incêndio, 16 tinham a estadia custeada pelos cofres públicos.Os donos da pousada têm outros endereços em Porto Alegre com o mesmo nome. Dois deles ficam no bairro São João, um no Floresta (que foi atingido pelo incêndioe um no Centro Histórico.O contrato original foi firmado em novembro de 2020 e previa a contratação de vagas de hospedagem para atender a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). O público-alvo é a população em situação de vulnerabilidade, que sofre risco social como desemprego e dificuldades de acesso a demais políticas públicas.
O custo pelo serviço no contrato original era de R$ 197 mil com duração de seis meses para 360 vagas e foi renovado diversas vezes. Na última renovação, em dezembro passado, o valor foi alterado para R$ 2,7 milhões. O contrato previa pagamento de R$ 18,53 diários por hospedagem.
FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/04/26/sem-alvara-para-funcionar-como-pousada-pensao-atingida-por-incendio-no-rs-teve-contrato-renovado-com-prefeitura-em-dezembro.ghtml
Foto: MIGUEL NORONHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO